Cinoterapia é uma terapia realizada com o auxílio de cães. Cinoterapia é muito utilizada como terapia para crianças com problemas psicológicos, problemas de relacionamento social ou afetividade (por exemplo, autismo) ou distúrbios de aprendizagem.
Um estudo, realizado com crianças entre os 3 e os 10 anos, registou que as crianças que convivem com cães são mais afetuosas, com menor grau de agressividade e com um bom desempenho a nível de relacionamento social.
Por si só a presença de uma cão e a interação da criança com o mesmo é terapêutico, mas para que seja considerado cinoterapia é necessário que exista uma metodologia e um terapeuta devidamente credenciado.
História
A descoberta desta técnica ocorreu em 1953 no consultório de Boris Levinson, quando este percebeu que, com a presença do seu cão no consultório, os seus pacientes introvertidos perdiam todas as suas inibições e medos, o que favorecia a comunicação entre o psiquiatra e os seus pacientes. Deste modo, pode-se dizer que atualmente podemos desfrutar da Cinoterapia graças a Jingles.
Mais tarde, mais concretamente em 1966, na Alemanha, houve cães que foram usados em terapias com pacientes e, no ano de 1967, Erling Stodahl, um músico cego, fundou o Centro Beitostolen, na Noruega, para a reabilitação de cegos e incapacitados, onde recorreu a cães para trabalhar com pacientes que praticavam exercício físico, sendo que muitos deles aprenderam a desfrutar de uma vida mais normal que incluía uma determinada actividade desportiva.
Em 1989, Redefer e Goodman conduziram mesmo um estudo em que crianças com autismo interagiram com um cão terapeuta, tendo demonstrado um aumento significativo dos seus comportamentos pró-sociais (CPS).
Assim, hoje em dia, recorre-se com muita frequência à Cinoterapia para o tratamento de pessoas com necessidades diferentes e características específicas.
Objetivos
Recorre-se à Cinoterapia para possibilitar ao paciente uma complementação aos tratamentos alopáticos através do contato com o animal. Através da Cinoterapia surgem aspectos que beneficiam em grande escala a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, pois esta técnica aumenta o estímulo social, melhora o estímulo moral e táctil e promove o bem-estar físico.
Portanto, esta terapia tem como objectivo ajudar os pacientes a realizar atividades lúdicas que estimulam o equilíbrio, a fala, a expressão de sentimentos, a imaginação e o autoconhecimento, utilizando o cão como um mediador de todo o processo.
Porquê o cão?
O cão é co-terapeuta no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais.
Qualquer raça pode ser um co-terapeuta, inclusive cães sem raça definida. No entanto, a excelência no temperamento e sociabilidade fizeram do Labrador e do Golden Retriever as raças ideais para estas atividades terapêuticas.
As características necessárias ao animal co-terapeuta são:
· Ser saudável;
· Ser treinado;
· Ser muito sociável;
· Interessar-se pelas pessoas;
· Não ser agressivo nem medroso;
· Não reagir à dor causada acidentalmente ou propositadamente.
Assim, o animal co-terapeuta é aquele que é calmo, tolerante, amigável, e interessado. Para que o trabalho tenha êxito, o cão também tem de gostar da interação com os pacientes.
Deste modo, o cão é um ótimo co-terapeuta pois não dá atenção à idade ou à habilidade física das pessoas, sendo que aceita as pessoas como são, sem qualquer preconceito.
Ou seja, o “melhor amigo do Homem” não é só um excelente animal de companhia como também pode ter um papel fundamental no dia-a-dia de pessoas com dificuldades motoras, auditivas, visuais, …
Tendo em conta estas características, o cão deve passar por cerca de 4 etapas antes de estar apto:
· Treino de obediência;
· Completo diagnóstico do veterinário;
· Teste de temperamento;
· Participação voluntária como “estagiário” em sessões de Terapia Assistida por Animais ou em programas de visitação.
Sendo que é educado para realizar tarefas que aumentem a autonomia e a funcionalidade de uma pessoa com deficiência, o cão de assistência pode especializar-se em:
· Cão-guia: auxilia pessoas com deficiência visual;
· Cão de alerta: avisa pessoas, por exemplo, com epilepsia, da proximidade da ocorrência de um ataque;
· Cão para surdos: indica fontes sonoras a pessoas com deficiências auditivas;
· Cão de serviço: ajuda pessoas com incapacidades motoras ou com problemas do foro psiquiátrico.
Consoante as características, necessidades e desejos de cada indivíduo, o cão pode ser educado para realizar determinadas habilidades, nomeadamente, retirar dinheiro do Multibanco, tirar a roupa da máquina de lavar, aconchegar o dono com uma manta, mudá-lo de posição na cama, apanhar objetos do chão e apanhá-los quando estão em locais de difícil acesso, puxar a cadeira de rodas, abrir e fechar portas, ligar e desligar interruptores e ajudar a despir determinadas peças de vestuário.
Como é que são as sessões de Cinoterapia?
Existem muitos exemplos de processos a que se recorre neste tipo de terapia, entre os quais:
· Acariciar o cão: este simples ato é calmante para o paciente;
· Escovar o cão: durante o processo de escovagem poderão ser trabalhados aspectos como o alongamento e a força muscular nos braços do paciente;
· Passear o cão: ao dar um pequeno passeio de trela com o animal, o paciente poderá trabalhar a sua marcha ou motivar-se para a reabilitação;
· Brincar com arcos: utilizam-se muitas vezes diversos utensílios e objetos de modo a ser possível trabalhar diversos aspectos e áreas;
· Utilizar objetivos coloridos: o terapeuta poderá recorrer a objetos com cor durante as sessões (escova, coleira, bola de brincar, arco, …), promovendo, assim, a percepção de cor e até mesmo das formas.
Vantagens da Cinoterapia
A Cinoterapia tem inúmeros benefícios, sendo válida para todas as idades e circunstâncias. Todavia, no caso dos idosos, das crianças e de pessoas com transtorno global do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Síndrome de Heller, …), Síndrome de Down, deficiência mental e disfunção neuromotora, os resultados são mais satisfatórios.
Com esta terapia, as pessoas com problemas «sentem-se mais empolgadas a realizar o tratamento, pois têm a noção de estar no comando, já que quem dá a ordem aos animais são elas, havendo uma diminuição da dor e um aumento da segurança», relata Heverton. Por outro lado, os benefícios evidentes a longo prazo são o facto de as pessoas se tornarem mais abertas e comunicativas.
Um estudo, realizado com crianças entre os 3 e os 10 anos, registou que as crianças que convivem com cães são mais afetuosas, com menor grau de agressividade e com um bom desempenho a nível de relacionamento social.
Por si só a presença de uma cão e a interação da criança com o mesmo é terapêutico, mas para que seja considerado cinoterapia é necessário que exista uma metodologia e um terapeuta devidamente credenciado.
História
A descoberta desta técnica ocorreu em 1953 no consultório de Boris Levinson, quando este percebeu que, com a presença do seu cão no consultório, os seus pacientes introvertidos perdiam todas as suas inibições e medos, o que favorecia a comunicação entre o psiquiatra e os seus pacientes. Deste modo, pode-se dizer que atualmente podemos desfrutar da Cinoterapia graças a Jingles.
Mais tarde, mais concretamente em 1966, na Alemanha, houve cães que foram usados em terapias com pacientes e, no ano de 1967, Erling Stodahl, um músico cego, fundou o Centro Beitostolen, na Noruega, para a reabilitação de cegos e incapacitados, onde recorreu a cães para trabalhar com pacientes que praticavam exercício físico, sendo que muitos deles aprenderam a desfrutar de uma vida mais normal que incluía uma determinada actividade desportiva.
Em 1989, Redefer e Goodman conduziram mesmo um estudo em que crianças com autismo interagiram com um cão terapeuta, tendo demonstrado um aumento significativo dos seus comportamentos pró-sociais (CPS).
Assim, hoje em dia, recorre-se com muita frequência à Cinoterapia para o tratamento de pessoas com necessidades diferentes e características específicas.
Objetivos
Recorre-se à Cinoterapia para possibilitar ao paciente uma complementação aos tratamentos alopáticos através do contato com o animal. Através da Cinoterapia surgem aspectos que beneficiam em grande escala a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, pois esta técnica aumenta o estímulo social, melhora o estímulo moral e táctil e promove o bem-estar físico.
Portanto, esta terapia tem como objectivo ajudar os pacientes a realizar atividades lúdicas que estimulam o equilíbrio, a fala, a expressão de sentimentos, a imaginação e o autoconhecimento, utilizando o cão como um mediador de todo o processo.
Porquê o cão?
O cão é co-terapeuta no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais.
Qualquer raça pode ser um co-terapeuta, inclusive cães sem raça definida. No entanto, a excelência no temperamento e sociabilidade fizeram do Labrador e do Golden Retriever as raças ideais para estas atividades terapêuticas.
As características necessárias ao animal co-terapeuta são:
· Ser saudável;
· Ser treinado;
· Ser muito sociável;
· Interessar-se pelas pessoas;
· Não ser agressivo nem medroso;
· Não reagir à dor causada acidentalmente ou propositadamente.
Assim, o animal co-terapeuta é aquele que é calmo, tolerante, amigável, e interessado. Para que o trabalho tenha êxito, o cão também tem de gostar da interação com os pacientes.
Deste modo, o cão é um ótimo co-terapeuta pois não dá atenção à idade ou à habilidade física das pessoas, sendo que aceita as pessoas como são, sem qualquer preconceito.
Ou seja, o “melhor amigo do Homem” não é só um excelente animal de companhia como também pode ter um papel fundamental no dia-a-dia de pessoas com dificuldades motoras, auditivas, visuais, …
Tendo em conta estas características, o cão deve passar por cerca de 4 etapas antes de estar apto:
· Treino de obediência;
· Completo diagnóstico do veterinário;
· Teste de temperamento;
· Participação voluntária como “estagiário” em sessões de Terapia Assistida por Animais ou em programas de visitação.
Sendo que é educado para realizar tarefas que aumentem a autonomia e a funcionalidade de uma pessoa com deficiência, o cão de assistência pode especializar-se em:
· Cão-guia: auxilia pessoas com deficiência visual;
· Cão de alerta: avisa pessoas, por exemplo, com epilepsia, da proximidade da ocorrência de um ataque;
· Cão para surdos: indica fontes sonoras a pessoas com deficiências auditivas;
· Cão de serviço: ajuda pessoas com incapacidades motoras ou com problemas do foro psiquiátrico.
Consoante as características, necessidades e desejos de cada indivíduo, o cão pode ser educado para realizar determinadas habilidades, nomeadamente, retirar dinheiro do Multibanco, tirar a roupa da máquina de lavar, aconchegar o dono com uma manta, mudá-lo de posição na cama, apanhar objetos do chão e apanhá-los quando estão em locais de difícil acesso, puxar a cadeira de rodas, abrir e fechar portas, ligar e desligar interruptores e ajudar a despir determinadas peças de vestuário.
Como é que são as sessões de Cinoterapia?
Existem muitos exemplos de processos a que se recorre neste tipo de terapia, entre os quais:
· Acariciar o cão: este simples ato é calmante para o paciente;
· Escovar o cão: durante o processo de escovagem poderão ser trabalhados aspectos como o alongamento e a força muscular nos braços do paciente;
· Passear o cão: ao dar um pequeno passeio de trela com o animal, o paciente poderá trabalhar a sua marcha ou motivar-se para a reabilitação;
· Brincar com arcos: utilizam-se muitas vezes diversos utensílios e objetos de modo a ser possível trabalhar diversos aspectos e áreas;
· Utilizar objetivos coloridos: o terapeuta poderá recorrer a objetos com cor durante as sessões (escova, coleira, bola de brincar, arco, …), promovendo, assim, a percepção de cor e até mesmo das formas.
Vantagens da Cinoterapia
A Cinoterapia tem inúmeros benefícios, sendo válida para todas as idades e circunstâncias. Todavia, no caso dos idosos, das crianças e de pessoas com transtorno global do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Síndrome de Heller, …), Síndrome de Down, deficiência mental e disfunção neuromotora, os resultados são mais satisfatórios.
Com esta terapia, as pessoas com problemas «sentem-se mais empolgadas a realizar o tratamento, pois têm a noção de estar no comando, já que quem dá a ordem aos animais são elas, havendo uma diminuição da dor e um aumento da segurança», relata Heverton. Por outro lado, os benefícios evidentes a longo prazo são o facto de as pessoas se tornarem mais abertas e comunicativas.
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