quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Guia completo para agir nos mais diversos casos de acidente com seu pet



Acidentes acontecem a qualquer momento. Mas algumas ações de primeiros socorros podem ajudar a salvar o pet e a garantir melhor recuperação. O que fazer para socorrer o pet em situações de emergência? Em primeiro lugar, mantenha a calma. E tranquilize o animal também. O ideal mesmo, porém, é sempre procurar um médico veterinário em todas as situações.

Em qualquer acidente, a primeira ação do dono deve ser ficar calmo, evitar o pânico e manter o animal tranquilo. “Além da calma, é importante relatar tudo exatamente como aconteceu para o veterinário. Tem que contar a verdade, independentemente do tipo de acidente”, explica o médico veterinário Rafael Borges. Ainda segundo ele, é imprescindível ter um veterinário de confiança para situações de emergência.

Como agir 
Na medicina veterinária, é seguido o que é praticado na medicina humana, que é o programa de suporte básico à vida, também chamado de protocolo ABC (Airway, Breathing e Circulation). Em português: ar, boa respiração e circulação. Isso vale para a maioria dos casos de acidente. São os itens que devem ser verificados em primeiro lugar.

Para sua segurança
 
No momento de ajudar um animal, a segurança do socorrista também é importante. Em primeiro lugar, a boca do bicho deve ser amarrada. Um pano, um laço ou, se possível, uma focinheira pode ser usada. Um pet acidentado pode sentir muita dor e morder. No caso de gatos, atenção com as unhas. Os felinos podem transmitir doenças por meio de dentes e garras — carregam milhões de bactérias nessas partes. O procedimento mais correto é cobrir toda a cabeça do animal com pano. Cuidado, porém, para não sufocar e, se possível, transporte o gato dentro de uma caixa de papelão. Quanto menos o gato olhar, melhor.



Em caso de emergência

Sufocamento/asfixia 
É muito comum animais engasgarem com comidas ou objetos. Em primeiro lugar, deve-se saber a origem da asfixia para ter uma noção da gravidade do acidente. Depois, é preciso tentar fazer com que o animal desengasgue. Pode-se colocá-lo de cabeça para baixo e deixá-lo em uma posição mais fácil para respirar. Se ele estiver roxo, tossindo muito e com falta de ar, significa que o sufocamento é mais grave. Leve-o imediatamente ao veterinário.

Não faça: evitar colocar a mão na boca do animal. O bicho pode morder e agravar a situação. Não dê, em hipótese alguma, comida ou água.

Queimaduras 
Em casos de queimaduras leves, o dono pode fazer uma compressa de água fria, com uma toalha ou um lenço, para diminuir o quadro de infecção e tentar proteger o local lesionado. Em casos de queimaduras mais graves, leve o animal ao veterinário imediatamente.

Não faça: esfregar o local da queimadura. Pode inflamar e causar mais dor ao animal. Também não coloque nenhum produto caseiro no corpo do pet.

Parada cardíacao 
Na maioria dos casos de parada cardíaca, o animal já tem uma predisposição para o problema. Algumas raças e idade avançada, por exemplo, podem ser fatores de risco. Entre os sinais da parada cardíaca, estão perda de fôlego, tontura e animal paralisado. Deve-se ventilar o animal e levá-lo ao veterinário imediatamente. “No caso de paradas cardiorrespiratórias, desde o início, o animal deve receber a massagem cardíaca e o procedimento ABC. Para manter a ventilação (respiração), preferencialmente, faça a respiração boca-focinho, segurando a boca do animal em uma frequência de 12 respirações por minuto”, explica o veterinário Bruno Gonzaga. Ele também explica que o dono pode realizar uma massagem cardíaca em casos mais urgentes. “O tórax deve sofrer uma compressão de 75% no seu tamanho inicial (expandido) em uma frequência que varia de 120 a 160 compressões por minuto, em cães pequenos, 100 por minuto, para cães de porte médio, e 80 a 100 por minuto para cães de porte grande”, explica. Algumas das raças propensas a ataques cardíacos são: poodle, pug, shih-tzu, boxer, yorkshire, bulldog, maltês, lulu-da-pomerânia, springer spaniel, sheepdog.

Não faça: sufocar o animal. Não pode deixar o bicho em ambiente fechado.

Cortes e ferimentos 
É preciso estancar o sangue com uma compressa ou um curativo e encaminhar o pet imediatamente ao veterinário. Verifique a frequência cardíaca e a respiratória. Se começar a aumentar, principalmente a respiração, quer dizer que o sangramento pode estar piorando.

Não faça: não colocar remédio caseiro no local machucado ou objetos sujos.

Atropelamento 
Se a sua primeira reação seria verificar se o animal sofreu alguma fratura, saiba que esse procedimento não é o correto, deve-se observar três pontos principais: respiração, temperatura e frequência cardíaca. “Devemos examinar se o animal está respirando, se mantém a temperatura normal (não deve estar gelado), está com a mucosa vermelha, o olhar vivo e frequência cardíaca e respiração constantes.” Depois de verificar esses pontos, e, se o animal estiver bem, o socorrista do pet deve procurar fraturas expostas. Mas atenção: não mexa muito no animal. Pode piorar o quadro. Para transportar o bicho até a clínica, é preciso imobilizá-lo. Podemos pegar um pano firme, ou até mesmo a própria camisa, e levantar o animal. O ideal é pedir ajuda para outra pessoa segurar o outro lado e erguer o animal.

Não faça: não mexer nos órgãos, nas patinhas ou levantar o animal de uma vez sem nenhuma proteção.

Comidas e envenenamentos 
Alguns alimentos, como, por exemplo, chocolate, são prejudiciais ao pet. “O animal pode ter duas reações: vômito ou diarreia. Se ele tiver diarreia, é porque o chocolate já foi digerido e o animal, intoxicado. Se ele vomitou, dê água e corra para o veterinário”, explica Rodrigo Lacerda. Quanto mais o animal vomitar, melhor. Desse modo, a substância não é completamente absorvida pelo corpo. Procure o médico com urgência.


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